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Seminário “Primeira Infância e as enchentes: o que aprendemos com elas?”

O evento, promovido pela Rede Estadual pela Primeira Infância do RS e OMEP/RS Novo Hamburgo, com o apoio do Centro Marista de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, United Way Brasil e Escola de Direito da PUCRS, discutiu os impactos das enchentes nas crianças e os desafios enfrentados no pós desastre.

Na última sexta-feira (29), a Rede Estadual pela Primeira Infância do Rio Grande do Sul (Repi-RS) promoveu o Seminário “Primeira Infância e as enchentes: o que aprendemos com elas?” no auditório do Prédio 11 da PUCRS. O evento contou com a presença de profissionais da área da educação, saúde, assistência social, direito, segurança pública e comunicação, visando discutir os impactos das enchentes na população de zero a seis anos de idade.

Pela manhã, a mesa propôs-se a compartilhar as experiências vividas nos contextos das enchentes que ocorreram em maio de 2024 no Rio Grande do Sul, e a atuação direta no cenário de calamidade pública em que a população se encontrava. Foram partilhados relatos dos trabalhos realizados nos abrigos temporários, planos de ação elaborados, êxitos e falhas ocorridas durante as operações no período.

Destacou-se a importância de estar atento aos sinais de estresse e angústia apresentados pelas crianças na primeira infância, que não necessariamente se manifestam por meio da fala, bem como de uma rápida intervenção no psicotrauma, para que a experiência seja processada da melhor maneira possível. Evidenciou-se ainda o valor do vínculo e da parentalidade, do comprometimento e atenção dos familiares para com a criança e a importância de um cuidado integral não só com a criança na primeira infância, mas também com seus cuidadores, irmãos mais velhos e familiares próximos, que contribuem para o seu processo de desenvolvimento.

Durante a tarde, a mesa 2 explanou as experiências vividas no pós-emergência, partilhando a importância do brincar, das atividades lúdicas e adaptadas e da abordagem acolhedora e cuidadosa sobre as vivências do período das enchentes. O diálogo pautou-se na reconstrução dos espaços e das vidas das famílias e crianças afetadas, bem como em quais medidas preventivas estão sendo ou devem ser adotadas para catástrofes como a do mês de maio, visando a proteção integral da criança em fase de desenvolvimento. Ao final do seminário, foi proposta aos participantes uma atividade de mapeamento de ações de prevenção e/ou de preparação relevantes considerando as demandas da primeira infância no contexto de emergências.

Espaços que oportunizam trocas e partilhas como estas auxiliam na promoção do cuidado com crianças e adolescentes e na garantia de seus direitos.