Artigos

Relatos de uma experiência missionária entre crianças e adolescentes no altiplano boliviano

Existe um álbum musical intitulado “Traigo un pueblo en mi voz” cantado por Mercedes Sosa, uma das maiores vozes da América Latina, e que o mundo teve a bênção de ouvir. O conteúdo das canções traz um pouco da história latino americana, em especial o lamento de um povo marcado por sofrimentos e injustiças, porém carregados de coragem e de uma fé inquebrantável com vistas a um futuro melhor, no qual as gerações futuras poderão desfrutar da vida em uma terra justa e acolhedora, lugar onde a humanidade será cuidada e protegida. Para a cultura Guarani, esse mundo é conhecido como “Terra sem Males”. Para os Povos Andinos, essa mesma proposta de mundo é chamada de “Sumak Kawsay”, que, no idioma Quéchua, significa “bem-viver”. A “Terra Prometida” ou as “terras que emanam leite e mel” provenientes da cultura judaica, como também o “Reino de Deus” estabelecido por Jesus Cristo, não fogem dos conceitos apresentados pelas epistemologias dos povos originários deste continente. Não venho, entretanto, escrever sobre culturas e teologias ameríndias, mas, parafraseando Mercedes Sosa, “traigo un pueblo” nas linhas que seguirão neste artigo.

Se recorrermos à história da América Latina e pudéssemos escolher um capítulo para a infância e outro para a adolescência, com certeza encontraríamos poucas páginas, tornando difícil um aprofundamento sobre o assunto. Novas percepções e modelos de infância, no entanto, foram surgindo, antigos conceitos foram cedendo lugar às novas descobertas demonstrando que o fenômeno da infância e da adolescência são, no mínimo, plurais e dinâmicos. Percebi isso quando tive a oportunidade de trabalhar com crianças e adolescentes das zonas rurais e urbanas, numa breve experiência missionária na cidade de Cochabamba, Bolívia.

Acesse o relato completo aqui

 

IR. DONAVAN MACHADO

Irmão Marista e integrante do Centro Marista de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente