Se você se preocupa ao pensar: “ não vacinei meu filho, e agora? ”, saiba que não está sozinho. Muitos pais e responsáveis enfrentam essa dúvida e, infelizmente, essa situação tem se tornado cada vez mais comum. De acordo com dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil voltou a aparecer entre os 20 países com maior número de crianças não vacinadas no mundo, ocupando a 17ª posição. Em 2023, o país havia saído dessa lista, mas os números voltaram a piorar e nenhuma das 17 vacinas infantis monitoradas alcançou 90% de cobertura.
Trata-se de uma realidade preocupante. A vacinação infantil atrasada representa um risco real para a saúde das crianças e de toda a comunidade. Doenças que estavam controladas, como o sarampo, a poliomielite e a coqueluche, podem voltar a circular com força caso a imunização continue baixa.
Não vacinei: ainda dá tempo de proteger seu filho
Se a caderneta de vacinação do seu filho está incompleta, não se preocupe: é possível atualizar as doses. Basta procurar uma Unidade Básica de Saúde com o documento em mãos. Mesmo que tenha perdido o prazo de algumas vacinas, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza um calendário de vacinação de acordo com a idade, para saber quais vacinas precisam ser aplicadas em cada criança.
Esse processo é gratuito e simples. A equipe de Saúde irá avaliar quais vacinas estão pendentes e ajudar você a seguir o cronograma para colocar tudo em dia. Vacinar fora do prazo é melhor do que não vacinar.
Além da versão impressa, existe também a Caderneta Digital da Criança, uma ferramenta online disponível pelo aplicativo Conecte SUS, do Ministério da Saúde. Por meio dela, pais e responsáveis podem acompanhar registros de vacinas, crescimento, desenvolvimento e outros dados importantes da saúde da criança. A versão digital é prática, segura e acessível de qualquer lugar.
Quais vacinas fazem parte do calendário infantil?
O calendário nacional de vacinação do SUS inclui imunizantes contra:
- Hepatite B;
- BCG (tuberculose);
- Penta (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae);
- Poliomielite;
- Pneumocócica;
- Meningocócica;
- Febre amarela;
- Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola);
- Varicela (catapora), entre outras.
Você pode verificar todas as vacinas necessárias clicando aqui.
Todas estão disponíveis gratuitamente nas Unidades de Saúde durante o ano inteiro. Não é necessário esperar por campanhas específicas.
Perdi a caderneta ou não sei quais vacinas meu filho tomou. E agora?
Mesmo sem a caderneta de vacinação, é possível buscar orientação nas Unidades Básicas de Saúde. A equipe pode consultar registros anteriores ou, caso necessário, iniciar novamente o esquema vacinal com segurança. O importante é não adiar.
Também é possível verificar os registros de imunização por meio da Caderneta Digital da Criança, desde que os dados estejam atualizados no sistema do Conecte SUS.
Como retomar a vacinação infantil em atraso
- Procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima;
- Leve a caderneta de vacinação (caso tenha);
- Solicite a avaliação do esquema vacinal;
- Anote as próximas datas e mantenha a vacinação em dia.
A Fundação Abrinq e o compromisso com a proteção das crianças
A Fundação Abrinq atua há mais de 30 anos pela garantia dos direitos da infância e da adolescência e acredita que toda criança tem o direito de crescer com saúde, segurança e oportunidades. A vacinação é parte essencial desse cuidado. Se você ainda não atualizou a caderneta do seu filho, este é o momento ideal para agir. Cada dose aplicada representa um passo importante para a segurança das crianças.
Fontte: Fundação Abrinq