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4ª Conferência Marista sobre Enfrentamento à Violência Sexual Infantojuvenil reúne mais de 130 pessoas

Violência, abuso e exploração sexual infantojuvenil online foi a temática do evento

Mais de 180 pessoas participaram da 4ª Conferência Marista sobre Enfrentamento à Violência Sexual Infantojuvenil. Promovido pela Assessoria de Proteção à Criança e ao Adolescente da Rede Marista e pelo Centro Marista de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, o evento ocorreu na modalidade online e teve como temática Violência, abuso e exploração sexual infantojuvenil online: criando ambientes seguros para crianças e adolescentes.

Ir. Sandro Bobrzyk, decano da PUCRS e coordenador do Centro Marista de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, deu as boas-vindas a todos e fez um breve contexto sobre o tema, apresentando dados recentes e alarmantes e fazendo um apelo aos participantes: “Caríssimos conferencistas, precisamos estar atentos e cuidadosos com nossas crianças! Não deixemos de denunciar as situações de suspeita ou de casos confirmados. Sigamos com o olhar atento!”.

Representando a Presidência da Rede Marista, o conselheiro provincial Ir. Miguel Antônio Orlandi agradeceu aos realizadores da Conferência por oportunizar espaços como este: “Somente com a promoção e defesa dos direitos conseguiremos construir um mundo mais justo e humano, para que as crianças e os adolescentes possam ser os protagonistas do seu próprio futuro”.

Gibsi Rocha, médica psiquiatra do Hospital São Lucas da PUCRS, professora assistente da Escola de Medicina da Universidade e membro da Assessoria de Proteção à Criança e ao Adolescente da Rede Marista, foi a responsável por fazer a mediação da mesa entre os três convidados dessa edição. O procurador de justiça do Ministério Público Gilberto Thums, a psicóloga e diretora de projetos especiais da Safernet, Juliana Cunha, e o psicólogo, professor e pesquisador da PUCRS Christian Kristensen formaram a mesa do evento.

Gilberto Thums deu início às apresentações falando sobre os aspectos legais da violência sexual virtual contra crianças e adolescentes. “O que nós precisamos hoje é dar efetividade à lei”. Ele também fez um pedido a todos. “Não tenham medo de denunciar. A sociedade precisa tomar consciência, pois este momento que estamos vivendo vai afetar o desenvolvimento da juventude que está vindo aí”.

Depois dele, foi a vez de Juliana Cunha, que trouxe reflexões sobre a violência sexual contra crianças e adolescentes no metaverso, com exemplos de como minimizar os riscos. “Precisamos incentivar uma cultura positiva e saudável em ambientes imersivos e precisamos, também, empoderar e apostar no letramento das famílias para a mediação parental”.

Christian Kristensen fechou a mesa falando sobre os impactos psicossociais da violência sexual sem contato físico. “Pais, cuidadores e escola precisam fazer um filtro em relação ao que as crianças veem. Talvez a gente não consiga controlar tudo, mas precisamos essencialmente estar atentos ao que nossos filhos estão consumindo e ao que eles entendem daquilo que estão vendo. E claramente precisamos proibir!”.

A Conferência ainda teve um espaço para perguntas e respostas, que foram mediadas pela doutora Gibsi.